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O Paraguai está agora a aplicar uma pena de prisão até 10 anos para mineiros ilegais, em vez da anteriormente considerada proibição geral de toda a mineração.
O governo do Paraguai quer que o legislativo aprove um projeto de lei que condenará os operadores ilegais de mineração de Bitcoin (BTC) à prisão por até 10 anos. Falando aos repórteres na sexta-feira, a porta-voz presidencial Paula Carro disse que o governo já enviou o projeto de lei ao parlamento.
Paraguai vai prender pessoas por trás de mineração ilegal para proteger recursos energéticos
Além da pena de prisão de uma década para mineradores ilegais de BTC, o Poder Executivo também quer que o Congresso permita a apreensão de equipamentos de mineração capturados com mineradores ilegais. Todos os transformadores elétricos, mineradores ASIC e outros equipamentos podem ser confiscados. Segundo Carro, o governo está tratando esse projeto com alto grau de urgência.
Carro explicou que o governo pretende proteger a Administração Nacional de Eletricidade (ANDE) do país da ameaça representada por estabelecimentos ilegais de mineração de Bitcoin que roubam grandes quantidades de energia. Segundo Carro, esses roubos restringem fortemente os recursos energéticos, afetando a distribuição e o uso regular. O governo pretende modificar o Artigo 173 do Código Penal do Paraguai para permitir um máximo de dez anos de prisão por roubo de poder.
O Paraguai está de olho nos garimpeiros ilegais há algum tempo. Em setembro passado, o Paraguai multou um minerador de Bitcoin em US$ 5.000, calculados como consumo de energia não faturado e o custo da intervenção da ANDE, conforme previsto na Lei 966 do Paraguai. Em março passado, o país concluiu a primeira condenação legal contra dois mineradores de Bitcoin e posteriormente fechou uma fazenda de mineração em Abril. Segundo relatos, a fazenda custou ao governo US$ 1,3 milhão.
Mineradores do Paraguai poderiam se beneficiar do excedente de energia
No mês passado, os legisladores apresentaram um novo projeto de lei para proibir toda a mineração de Bitcoin no país. O plano era proibir a mineração de Bitcoin por 180 dias ou até que novas regulamentações fossem aprovadas. No entanto, as estimativas sugeriram que a proibição geral poderia ser dispendiosa. De acordo com o cofundador e estrategista-chefe de mineração da Hashlabs Mining, Jaran Mellerud, banir o Bitcoin pode custar ao país mais de US$ 200 milhões anualmente.
Os legisladores finalmente reconsideraram a proibição e decidiram realizar uma audiência pública sobre o assunto. A Senadora Salyn Buzarquis apresentou um projecto de declaração especificando as vantagens económicas da venda do excesso de energia a mineiros licenciados, em vez de uma proibição total. O senador observou que os 45 mineradores de Bitcoin licenciados no país podem gerar US$ 48 milhões para a ANDE. Além disso, Buzarquis acrescentou que este número pode saltar mais de 2,5x, para 125 milhões de dólares, no próximo ano, se os mineiros instalarem mais equipamentos e aumentarem a capacidade de mineração. Em 10 de abril, o Senado aprovou o projeto de carta de Buzarquis.
A indústria mineira do Paraguai é atractiva para os mineiros devido ao excedente de energia, uma vez que o país acolhe várias grandes centrais hidroeléctricas que produzem electricidade excedentária. Embora o Paraguai venda regularmente o excesso de energia produzida pela central hidroeléctrica de Itaipu ao Brasil e à Argentina, as autoridades querem que a energia seja vendida a mineiros licenciados. Em 2022, o Paraguai era o quarto maior exportador líquido de energia do mundo, depois da França, Alemanha e Canadá.
Infelizmente, nem todos concordam em simplesmente vender o excesso de energia aos mineradores de Bitcoin. Alguns cidadãos e críticos políticos acreditam que o governo deveria doar o excedente de energia às famílias mais pobres.
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Fonte: www.coinspeaker.com