Uma coleção oficial de Ordinais por El Salvador poderia acelerar o progresso com o Bitcoin e conferir benefícios exclusivos aos investidores.

Este é um editorial de opinião de Steven Hay, escritor, ex-comerciante e negociante de arte.

Sou um Bitcoiner de longa data, me preparando para viajar e, com sorte, me mudar definitivamente para El Salvador em 2023. Como muitos Bitcoiners, desejo fazer parte das incríveis mudanças que estão acontecendo neste país. E gostaria de compartilhar uma ideia que acredito fortemente ter o potencial de acelerar essas mudanças.

Semelhante ao conceito de títulos vulcânicos, essa ideia emprega ativos vinculados ao Bitcoin para arrecadar fundos para a construção da Bitcoin City ou qualquer outro projeto digno. Ao contrário dos títulos, no entanto, esses ativos relativamente simples não impõem obrigações legais ou financeiras à nação. Eles são simplesmente criados e depois vendidos no mercado livre.

Minha ideia gira em torno de algo que muitos de vocês já ouviram falar: Bitcoin Ordinals. Este novo protocolo, lançado em janeiro de 2023, permite a criação de “Bitcoin NFTs” vinculados a satoshis únicos. Conhecidos como “inscrições”, esses satoshis especiais estão vinculados a dados que estão permanentemente incorporados no blockchain do Bitcoin. Esses dados podem assumir a forma de imagens, texto, vídeo, etc.

Poucos meses após sua criação, essa nova forma de ativo digital já recebeu investimentos consideráveis, com pelo menos US$ 21 milhões em volume negociado nos seis principais mercados e transações adicionais realizadas no mercado de balcão. A Galaxy Research estima que o mercado Ordinals crescerá para US$ 4,5 bilhões em valor total até 2025. Esse número pode se mostrar conservador — especialmente se o governo de El Salvador se tornar um participante oficial nesse espaço.

Fabricantes renomados de artigos de luxo, como Bugatti e Asprey, já estão envolvidos na Ordinals. Se espera-se que as empresas privadas alcancem milhões de dólares em vendas neste novo mercado, quanto mais um estado soberano poderia alcançar? À medida que o mercado de Ordinais amadurece e começa a atrair investimentos convencionais, parece certo que as coleções de importância histórica alcançarão avaliações que refletem sua importância e raridade.

Minha sugestão é que o governo de El Salvador continue implementando novas ideias com sucesso, lançando uma coleção oficial de Bitcoin Ordinals. Talvez essa coleção inclua arte ou fotografia que destaquem a beleza natural, a arquitetura e a cultura do país. Como alternativa, pode apresentar digitalizações de documentos oficiais relacionados às novas leis do Bitcoin ou aos planos da Bitcoin City. Tais inscrições podem conferir certos benefícios aos seus proprietários, como descontos nas taxas de serviço do governo. A compra de uma inscrição governamental pode até fazer parte de um futuro programa de cidadania salvadorenha por investimento (CBI). As possibilidades são virtualmente infinitas.

Além disso, acredito que as vantagens potenciais são altas, enquanto os riscos são baixos e gerenciáveis. Acredito que a boa vontade dos Bitcoiners e o interesse mundial na rápida melhoria de El Salvador levará a uma grande demanda pelo que pode ser chamado de “tesouros nacionais de arte digital”. Se os aspectos técnicos e criativos forem tratados corretamente pelos profissionais competentes, acredito que tal empreendimento só pode trazer grandes benefícios para o povo de El Salvador e para a comunidade Bitcoin global.

Este é um post de convidado de Steven Hay. As opiniões expressas são inteiramente próprias e não refletem necessariamente as da BTC Inc ou da Bitcoin Magazine.

Fonte: bitcoinmagazine.com

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