Na recente conferência MicroStrategy World: Bitcoin for Corporations, Alex Thorn, Chefe de Pesquisa da Galaxy Digital, forneceu informações valiosas sobre o cenário em evolução da adoção do Bitcoin por Wall Street e pelas corporações.

Em uma entrevista à Bitcoin Magazine, Thorn explorou como Wall Street começou a abraçar o Bitcoin, a natureza dupla do papel do Bitcoin como um ativo de tesouro e uma ferramenta tecnológica e como ambos os investidores institucionais estão começando a ver o Bitcoin mais como um ativo de refúgio seguro. .

Bitcoin: ativo do tesouro ou ferramenta tecnológica?

Quando questionado se as empresas são mais propensas a ver o Bitcoin (BTC) como um ativo do tesouro ou a utilizar sua tecnologia subjacente, Thorn reconheceu que provavelmente haveria um pouco de ambos.

“Essa é a mesma pergunta que temos sobre os usuários regulares”, observou ele. Com base nos insights de David Marcus, da LightSpark, que também falou no evento, Thorn destacou como o uso do Bitcoin varia de acordo com a região e a necessidade.

Em países com moedas em desvalorização, o Bitcoin serve como reserva de valor. Por outro lado, em lugares como Bitcoin Beach, em El Salvador, há um forte entusiasmo em usá-lo como meio de troca.

Thorn enfatizou o potencial das empresas aproveitarem a tecnologia Bitcoin para transferências globais de dinheiro.

As empresas poderiam se beneficiar de soluções como LightSpark, OpenNode e Voltage, que facilitam o uso da Lightning Network do Bitcoin como meio de pagamento sem necessariamente deter o ativo, segundo Thorn.

“É honestamente difícil saber”, concluiu Thorn, indicando que ambos os usos são viáveis ​​dependendo do contexto.

Normalizando Bitcoin

A conversa então mudou para a adoção do Bitcoin por Wall Street e o efeito dos ETFs Bitcoin à vista.

Thorn confirmou que o Bitcoin está se tornando mais normalizado, em parte devido à proliferação de veículos de investimento acessíveis, como ETFs de Bitcoin à vista.

“Há uma infinidade de maneiras de acessar o bitcoin agora”, explicou ele.

“Você não só tem esses ETFs, que são super fáceis de acessar tanto para o varejo quanto para as instituições, mas também tem, há vários anos, empresas institucionais – a Galaxy é uma delas – que facilitam a compra das instituições. localize o bitcoin, sem falar nos Rivers, Swans e Coinbases”, acrescentou.

Thorn também apontou os fatores macroeconômicos que impulsionam a atratividade do Bitcoin. Ele notou um reconhecimento crescente entre os líderes financeiros, como Jamie Dimon e Jay Powell, sobre a insustentabilidade da dívida nacional dos EUA, que tem sido tradicionalmente um ponto de vista defendido pelos defensores do ouro.

Esta constatação tornou-o num investimento cada vez mais apelativo.

“Vemos isso quando falamos com fundos de hedge macro”, disse Thorn antes de destacar que muitos negociam bitcoin há anos.

ETFs Bitcoin e títulos corporativos

Abordando o impacto potencial dos ETFs Bitcoin à vista nas tesourarias corporativas, Thorn traçou paralelos com o mercado de ouro pós-2006, após a aprovação do primeiro ETF de ouro.

Embora ele tenha reconhecido os ciclos históricos de quatro anos de expansão e queda do Bitcoin, ele sugeriu que o interesse atual é impulsionado por fatores mais sofisticados do que no passado.

“Não é apenas uma onda de pessoas que ouvem falar do Bitcoin pela primeira vez”, afirmou Thorn, implicando um interesse mais profundo e estratégico entre os investidores.

Thorn observou uma curiosidade crescente entre investidores de longo prazo, como fundos patrimoniais e pensões, que estão voltando a se envolver com o Bitcoin após hesitações iniciais.

Esses investidores, com horizontes de tempo mais longos, veem o bitcoin como uma proteção em um ambiente de risco volátil, segundo Thorn.

“O Bitcoin está neste abismo entre risco e hedge”, explicou Thorn, indicando que, embora o Bitcoin ainda não seja negociado como um hedge convencional, sua percepção está evoluindo.

Mudanças Geracionais e Adoção Futura

Finalmente, a discussão abordou a dinâmica geracional que influencia a adoção do Bitcoin.

Thorn reconheceu que as gerações mais velhas muitas vezes hesitam em adotar novas tecnologias. No entanto, ele observou que a introdução de ETFs Bitcoin à vista poderia facilitar essa transição, simplificando o acesso.

“As gerações mais jovens mais [quickly adopt] inovação”, observou Thorn antes de acrescentar que, à medida que a riqueza é transferida para as gerações mais jovens, mais familiarizadas com o bitcoin, as taxas de adoção podem aumentar.

Thorn também destacou o papel dos consultores financeiros nesta transição.

Muitas pessoas contam com consultores para gerenciar seus investimentos e, à medida que os ETFs Bitcoin à vista se tornam disponíveis em plataformas de gestão de patrimônio, os consultores podem introduzir o bitcoin nas carteiras de seus clientes. Isto poderia gerar fluxos significativos de grupos demográficos mais antigos que, de outra forma, poderiam relutar em envolver-se diretamente com o ativo.

Concluindo, os insights de Alex Thorn na conferência ressaltam o futuro multifacetado do Bitcoin.

Seja como ativo de tesouro, ferramenta tecnológica ou proteção macroeconômica, o papel do Bitcoin está se expandindo.

À medida que ocorrem mudanças geracionais e os ETFs de Bitcoin à vista se tornam mais predominantes, a adoção do Bitcoin entre empresas e investidores individuais está prestes a crescer.

Fonte: bitcoinmagazine.com

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