Apesar da falta de um quadro regulamentar claro, o governo ainda quer saber como Binance, Coinbase, Kraken, OKX e outras bolsas registadas fora da sua fronteira conduzem os seus negócios dentro do país.

Em uma tentativa de reforçar as regulamentações e aumentar a transparência no setor de criptografia, a autoridade tributária do Brasil, a Receita Federal, está planejando convocar os provedores de serviços de ativos digitais no país para fornecer informações detalhadas sobre suas operações no país. A mudança visa compreender suas operações e garantir o cumprimento das regulamentações fiscais locais.

Nova Portaria e Objetivos

De acordo com reportagem exclusiva da Reuters, o governo brasileiro emitirá uma portaria esta semana, obrigando essas bolsas estrangeiras a divulgar suas atividades e como atendem os clientes na região.

Atualmente, o Brasil ainda não estabeleceu um quadro regulatório abrangente para regular o uso de ativos digitais e como as exchanges deverão operar dentro do país.

No início deste ano, o banco central anunciou que o país poderia apresentar propostas de regulação criptográfica até ao final de 2024, após a conclusão bem-sucedida da sua segunda consulta pública lançada em maio. O banco esperava inicialmente que o parlamento resumisse a regulamentação das criptomoedas, bem como dos prestadores de serviços, até junho deste ano. No entanto, os planos mudaram e o governo prevê agora que os legisladores comecem a discutir potenciais propostas no final do ano.

Apesar da falta de um quadro regulamentar claro, o governo ainda quer saber como Binance, Coinbase, Kraken, OKX e outras bolsas registadas fora da sua fronteira conduzem os seus negócios dentro do país.

Embora essas empresas estejam isentas de fornecer informações sobre dados e transações de clientes de acordo com a legislação brasileira atual, Andrea Chaves, subsecretária de Inspeção da Receita Federal, disse que o governo precisa verificar se as empresas não estão violando as regras de combate à lavagem de dinheiro do país. .

Além disso, disse que é necessário garantir que não prestam serviços ilegais a clientes no país.

“Precisamos entender como essas exchanges funcionam no Brasil e garantir que não há ilegalidade. Além disso, buscamos informações sobre ativos brasileiros que estão sujeitos à tributação”, afirmou Chaves.

Aumento na atividade criptográfica

Outro executivo da Receita Federal, Wagner Lima, que atua como coordenador de gestão de risco, disse que o governo também quer revisar a forma como as bolsas estrangeiras funcionam com os prestadores de serviços locais para garantir que cumpram uma regulamentação de 2019 que exige o compartilhamento de informações.

Enquanto isso, esse esforço regulatório vem em resposta a um aumento significativo no uso de ativos digitais no Brasil. De janeiro a julho de 2023, os brasileiros relataram deter 133,6 bilhões de reais (US$ 24,6 bilhões) em criptoativos, um aumento de 36,6% em relação ao ano anterior.

Curiosamente, de acordo com o relatório, 14,5 mil milhões de reais do total de participações foram declarados através de câmbio, mostrando um aumento de 51,2% em relação ao recorde anterior em 2022.

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Fonte: www.coinspeaker.com

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